quarta-feira, 30 de junho de 2010

Espanha x Portugal

Villa e Xavi batem Cristiano Ronaldo e sonho da Espanha segue vivo

time de Portugal é bem montado, tem uma defesa sólida, mas, no fim das contas, depende de um jogador. E o individualismo de Cristiano Ronaldo não foi capaz de superar o coletivo espanhol. A Espanha venceu por 1 a 0, gol de Villa e assistência de Xavi, e está de volta às quartas de final da Copa do Mundo, como em 2002.

É verdade que o time de Vicente Del Bosque segue longe do futebol da Eurocopa de 2008. Naquele torneio, Fernando Torres estava em forma, assim como David Villa. E os meio-campistas Xavi e Iniesta exibiam o melhor da sua forma.

Na África do Sul, nada disso acontece. Villa se tornou o maior artilheiro espanhol em Copas do Mundo, mas é a única luz brilhando em um time opaco. Torres está em recuperação de lesão no joelho. Foi melhor nesta partida do que nas três primeiras, é verdade, mas ainda está devendo bastante.

E, sem sua referência, o meio-campo acaba empacado. Xavi, Iniesta, Xabi Alonso, Busquets, Sergio Ramos, todos trocam muitos passes laterais, poucos em direção ao gol, com capacidade de agredir os rivais. Com esse esquema de jogo, só Villa é perigoso.

Mas, se tinha faltado ofensividade até agora para a Furia, desta vez ela apareceu. Mas Torres precisou ser substituído para isso. Com a entrada de Llorente, Del Bosque, finalmente, teve um time com um atacante enfiado na área, preocupando os beques adversários. O resultado foi o gol de Villa.

Com um zagueiro preocupado com Llorente, Iniesta achou Xavi na área. O meia do Barça deu de calcanhar para Villa, que apareceu na cara do goleiro Eduardo - as imagens da TV mostraram que o jogador estava 2cm à frente da linha da zaga, impedido. Chutou duas vezes para marcar. E virou o artilheiro do Mundial, com quatro gols, ao lado do argentino Higuain e do eslovaco Vittek.

Com isso, segue vivo o sonho da Espanha de se igualar à Alemanha de 1974. Aquela seleção, comandada por Beckenbauer, é a única, até hoje, a conquistar a façanha que Villa, Xavi & Cia. estão buscando. Os germânicos levaram o título da Eurocopa em 1972 e o da Copa do Mundo dois anos depois, em 1974. A França de 1998 fez o oposto: ganhou a Copa para, logo depois, vencer a Euro.

O rival nas quartas de final será o Paraguai, que na partida que abriu o dia na África do Sul precisou dos pênaltis para vencer o Japão. O jogo será no sábado, às 15h30, em Johanesburgo.

Em Portugal, a derrota levanta algumas questões. A maior delas é Cristiano Ronaldo. O jogador não esteve bem em nenhuma partida do Mundial. Foi individualista ao extremo e só marcou um gol, contra a fraquíssima Coreia do Norte. E o futuro da seleção lusa, é óbvio, depende muito do atacante do Real Madrid.

Além disso, o ciclo terminou para alguns jogadores, como Ricardo Carvalho e Deco. Carlos Queiroz, ou quem quer assuma a posição depois da Copa, terá trabalho para devolver o país ao status que Luiz Felipe Scolari, vice-campeão europeu em 2004 e quarto colocado da Copa de 2006, atingiu.



Fonte:
UOL

Paraguai x Japão

No pior jogo das oitavas, Paraguai vence nos pênaltis e vai às quartas pela 1ª vez

Numa partida de baixo nível técnico, a pior nesta fase do torneio, o Paraguai superou o Japão nos pênaltis, por 5 a 3, depois de 120 minutos sem conseguir fazer um gol sequer e, pela primeira vez, chega às quartas de final de uma Copa do Mundo.

Com a vitória paraguaia, pela primeira vez quatro seleções sul-americanas estão juntas entre as oito finalistas. O resultado estabelece ainda uma possibilidade inédita – a de que quatro seleções sul-americanas cheguem às semifinais.

Para que esta “Copa América” em solo sul-africano possa se realizar, é preciso que o Brasil vença a Holanda, o Uruguai supere Gana, a Argentina passe pela Alemanha e o Paraguai ganhe do vencedor da partida entre Espanha e Portugal.

Contra o Japão, que atuou, como sempre, fechadíssimo, num 4-5-1, o Paraguai até tentou tomar a iniciativa, mas mostrou pouca imaginação. Barrios e Roque Santa Cruz tiveram chances de marcar no primeiro tempo, mas esbarraram ou no goleiro Kawashima ou na falta de pontaria.

Em contra-ataques ou aproveitando erros dos paraguaios, os japoneses tiveram as suas chances também. De fora da área, Matsui acertou o travessão de Villar e Honda mandou uma bola perto do gol.

Um pouco mais audacioso, o Paraguai levou mais perigo no início do segundo tempo, mas Benitez desperdiçou dois bons contra-ataques, sendo substituído na sequência por Valdez. Tediosa a partir dos 20 minutos, a partida foi para a prorrogação – a segunda nesta Copa, depois de Gana e Estados Unidos.

A partida melhorou um pouco na fase complementar, menos pela qualidade das equipes e mais pelo cansaço e relaxamento. Na base do entusiasmo, o Paraguai chegou mais perto do gol, mais foi novamente ineficiente. Na segunda metade, o Japão teve duas chances de gol, mas não teve qualidade para marcar.

Na disputa dos pênaltis, as duas equipes mostraram bom aproveitamento, com exceção de Komano que chutou a bola no travessão. Melhor para o time guarani, que não errou nenhuma cobrança e selou a vaga.

Com a classificação histórica, o Paraguai confirma as boas expectativas que cercavam a seleção. Com ótima participação nas eliminatórias (ficou em terceiro lugar, atrás do Brasil e do Chile), este time é visto como o melhor que o país já enviou a um Mundial.

Menos ofensivo do que nas eliminatórias, a equipe dirigida pelo argentino Gerardo Martino adotou uma postura mais cautelosa na África do Sul e surpreendeu, terminando a fase classificatória em primeiro lugar no seu grupo, à frente de Eslováquia, Nova Zelândia e Itália.

Mais antigo estádio a receber uma partida de Copa do Mundo, o Loftus Versfeld não estava lotado. Com capacidade para 42.858 espectadores, exibia vários setores atrás dos gols vazios. Até o fim da partida, diferentemente do que ocorre sempre, não foi divulgado o público total presente. Na véspera, durante a partida entre Brasil e Chile, a Fifa anunciou nas placas ao redor do gramado do Ellis Park que havia ingressos disponíveis para o jogo desta terça-feira.



Fonte:
UOL

BRASIL X CHILE

Brasil repete roteiro contra freguês Chile e vai às quartas diante da Holanda

Ao longo dos quase quatro anos do trabalho de Dunga à frente da seleção, o Chile foi o adversário mais vezes vencido pelo Brasil, com cinco derrotas em cinco partidas, algumas delas com goleadas.

Nesta segunda-feira, brasileiros e chilenos repetiram o script de freguês dos confrontos recentes, com a vitória da equipe de Luís Fabiano e companhia por 3 a 0 em Johanesburgo, em resultado que conduz o time nacional adiante na Copa e manda os rivais de volta a Santiago.

Com mais uma vitória sobre o Chile, o Brasil agora vai às quartas de final enfrentar a Holanda, em confronto marcado para as 11h (de Brasília) de sexta-feira, em Port Elizabeth. Também nesta segunda, os holandeses asseguraram vaga na próxima fase com triunfo por 2 a 1 sobre a Eslováquia.

No êxito sobre os “rivais preferidos” da era Dunga, o Brasil enfim resgatou na Copa a eficiência de duas marcas que pontuaram o desenvolvimento da equipe nos últimos anos: as jogadas de bola parada e os contra-ataques.

Pela primeira vez no Mundial, a seleção conseguiu chegar ao gol adversário através da bola parada, pelo alto. Aos 34min do primeiro tempo, Maicon levantou da direita, e Juan foi mais ágil que a marcação para desviar para as redes.

Assim, ficava para trás um desenho de jogo desconfortável para a seleção, com o Chile rivalizando na posse de bola e esboçando contra-ataques perigosos.

Apenas três minutos mais tarde, a arrancada do tridente de frente enfim funcionou: Robinho para Kaká, Kaká para Luís Fabiano, que deixou o goleiro chileno no chão para fazer seu terceiro gol no Mundial.

Quase sem sustos para Julio Cesar atrás, a sexta vitória brasileira sobre o Chile com Dunga foi definida aos 13min do 2º tempo, com a novidade do time nesta segunda.

Escalado na vaga de Felipe Melo, em recuperação, Ramires roubou bola no círculo central e levou até Robinho na área. Em seguida, o atacante bateu colocado e finalmente acabou com o jejum em Copas, marcando seu primeiro gol no torneio.

No entanto, pouco depois de brilhar no lance do gol, Ramires levou cartão por uma falta na intermediária defensiva e perdeu a chance de ter sequência entre os titulares. Com dois amarelos, o volante é baixa confirmada contra a Holanda.

Do lado chileno, fica o gosto amargo da eliminação na Copa em mais uma oportunidade em que Bielsa renuncia a opção de retranca contra o Brasil. E desta forma cai a primeira seleção sul-americana no Mundial.



Fonte:
UOL

Holanda x Eslováquia

Holanda vence Eslováquia e encara Brasil para se vingar nas quartas

A Holanda não encantou com uma exibição primorosa. Mesmo assim, mostrou que o Brasil terá muito com o que se preocupar. Movida por uma grande atuação de suas estrelas, Robben e Sneidjer, a Laranja Mecânica derrotou a Eslováquia por 2 a 1, em Durban, e agora enfrenta a seleção verde-amarela nas quartas de final para se vingar das eliminações nas Copas do Mundo de 1994 e 1998.

Com um estilo de jogo caracterizado pela boa qualidade técnica de seus atletas, a Holanda fez mais do mesmo nesta manhã. Sem dar chances ao rival, a Laranja Mecânica assegurou a classificação com um futebol eficaz e sem exageros, suficiente para manter os 100% de aproveitamento da equipe na competição.

A Eslováquia, por sua vez, dá adeus ao Mundial com o sentimento de dever cumprido. Azarão do grupo F, o próprio time do leste europeu admitiu antes do jogo que podia festejar por ter superado as expectativas com a vaga na segunda fase. Nesta segunda, a seleção não repetiu o futebol apresentado na surpreendente vitória sobre a Itália e acabou eliminada.

Equipe que menos perde a bola na Copa do Mundo, a Holanda começou a partida sem novidades no seu padrão ofensivo. Controle total da posse de bola e paciência para furar o bloqueio da Eslováquia. No fim, bastaram 17 minutos para o time conseguir se impor. Robben aproveitou lindo passe de Sneijder e abriu o placar.

O gol não fez a Eslováquia desistir da estratégia cautelosa. Nem mesmo a desvantagem no marcador tirou o time de Valdimir Weiss da defesa, com exceção de alguns lances isolados. Enquanto isso, a Holanda passou a se preocupar apenas em conter os avanços limitados da Eslováquia pela ala esquerda conforme manteve o controle do jogo até o intervalo.

No início da etapa final, a equipe de Bert Van Marwijk voltou a se impor com facilidade. Tanto, que nos primeiros seis minutos criou outras duas chances claras de gol impedidas pelo goleiro Mucha.

Mas isso também incentivou a Eslováquia a finalmente sair com mais intensidade. E passados os primeiros 20 minutos, o time também conseguiu assustar a meta adversária com duas boas oportunidades. A entrada de Elia aos 25min, no entanto, revigorou as investidas da Holanda no confronto.

Depois de criar novas oportunidades, Sneijder fez o segundo gol de sua equipe aos 38min. No último lance do jogo, Vittek ainda descontou em cobrança de pênalti, mas não evitou a eliminação do time eslovaco.

Melhor para a Laranja Mecânica, que assegurou a classificação para as quartas de final da Copa do Mundo pela primeira vez em 12 anos. Fica agora a promessa de um confronto emocionante na próxima fase, contra o Brasil.



Fonte: UOL

Argentina x México

Com 'ajudonas', Argentina dá espetáculo e busca revanche contra Alemanha

A Argentina encanta, convence e ganha. Tem um ataque infernal que compensa a defesa que adora dar sustos. Maradona fica no banco, mas inspira. Põe o time para frente. Aplaude os erros em jogadas individuais, incentiva para a próxima tentativa. Neste domingo, o time “hermano” mostrou tudo isso e ainda contou com duas “ajudonas” contra um coadjuvante que também agradou. A vitória por 3 a 1 sobre o México valeu uma vaga nas quartas de final e muito mais: foi o contraponto da Copa marcada por muitas partidas fracas tecnicamente.

O próximo desafio terá gosto de revanche para os argentinos. Eles enfrentam a Alemanha, que atropelou a Inglaterra por 4 a 1. Na Copa passada, em 2006, os alemães eliminaram a Argentina nas quartas de final na disputa por pênaltis. O reencontro, então, já tem data (sábado), hora (11h de Brasília) e local (Cidade do Cabo) marcados.

Mas este domingo foi um dia para não se esquecer tão facilmente. Não bastasse o futebol envolvente dos argentinos, o duelo ainda teve inúmeros ingredientes que só valorizam o espetáculo, gostem os politicamente corretos ou não.

Duas seleções rápidas e ofensivas, clima quente, falha grotesca de zagueiro e até um gol escandalosamente impedido, lembrando que a Fifa defende esse “fator humano” no combate à ajuda da tecnologia. E tudo isso no Soccer City, principal palco da África do Sul, com 84.377 torcedores.

Foi “apenas” um jogo de oitavas de final, mas já figura entre os melhores desta Copa. Tevez abriu o placar aos 26min totalmente impedido. Não satisfeito, mandou uma bola no ângulo na etapa final. Um golaço.

Higuaín, como bom matador, também fez o seu. Foi oportunista ao ganhar o presente de Osório e frio para driblar o goleiro, fazendo seu quarto gol e se isolando na artilharia do Mundial.

Messi é um capítulo à parte. Ele não para. Se cada vez mais o futebol mundial valoriza a força física, a obediência tática e a marcação total, o camisa 10 argentino vai no caminho contrário.

O atacante do Barcelona sabe como poucos fazer isso. Arrisca dribles com frequência e sai em arrancada. Muitos lances não dão certo, como aconteceu neste domingo. Mas ninguém reclama. Maradona apoia. E Messi, ainda sem nenhum gol na Copa, não desiste.

O México também merece aplausos. Fez um gol, mas poderia ter sido mais. O placar foi justo apenas com o ataque argentino. A equipe de Javier Aguirre levou perigo constante, chegou a ter mais domínio territorial e encarou o rival de igual para igual.

Mas foi pouco para superar a turma de Tevez, Higuaín, Messi, Maradona... A Argentina vai firme em busca do tri. A Alemanha que se cuide.



Fonte:
UOL

Alemanha x Inglaterra

Com 'futebol-arte' e erro da arbitragem, Alemanha tira Inglaterra da Copa

O gol de Klose, o brilhantismo de Özil, a habilidade de Schweinsteiger, o oportunismo de Müller... Todos esses ingredientes valorizaram ainda mais a goleada histórica da Alemanha sobre a Inglaterra por 4 a 1, neste domingo, em Bloemfontein.

Porém, um erro grave do árbitro Jorge Larrionda e do auxiliar Mauricio Espinosa, que não assinalaram um gol claro a favor dos ingleses, acabou dando argumentos aos britânicos para tentar justificar a perda da vaga às quartas de final.

Aos 38 minutos do primeiro tempo, o placar do estádio Free State indicava 2 a 1 para a Alemanha. No campo, Lampard chutou da entrada da área, a bola bateu no travessão, dentro do gol, novamente no travessão e parou nas mãos do goleiro Neuer. No entanto, o lance que resultaria no empate para os ingleses não foi validado pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda, muito em virtude do mau posicionamento do seu auxiliar.

A jogada irritou os jogadores da Inglaterra e, mais ainda, os torcedores que lotaram o Free State. Prova disso é que, na saída do intervalo, o barulho sempre ensurdecedor das vuvuzelas deu lugar a uma sonora vaia ao trio de arbitragem, que acabou se tornando protagonista do clássico entre Alemanha e Inglaterra.

Curiosamente, o lance deste domingo remete a outro acontecido em 1966. Na ocasião, Inglaterra e Alemanha disputavam a final da Copa do Mundo. Após o empate por 2 a 2 no tempo normal, o inglês Hurst acertou um belo chute, que bateu na trave e em cima da linha. O árbitro, no entanto, validou o gol, a equipe inglesa acabou vencendo por 4 a 2, e os alemães lamentam até hoje a marcação errada naquela decisão.

Antes desta jogada, no entanto, a Alemanha foi muito superior à Inglaterra. O técnico Fabio Capello teve opções para montar sua defesa, mas o setor não foi capaz de frear os habilidosos alemães. Upson, por exemplo, perdeu uma disputa com Klose após “lançamento” do goleiro Neuer. O erro permitiu ao atacante alemão abriu o placar, chegar a 12 gols ao longo da história e ficar a três de Ronaldo, o maior artilheiro da história das Copas do Mundo.

Perdidos em campo, os ingleses ainda assistiram Podolski ampliar o placar e desperdiçar chances claras de marcar. No raro momento em que o time inglês conseguiu acertar alguma coisa, Upson aproveitou uma falha de Neuer para descontar.

No segundo tempo, os jovens alemães mostraram por que são apontados como favoritos ao título e ganharam a alcunha de sensação desta Copa do Mundo. Com uma variedade de dribles, rápidos contra-ataques e muita disposição, Schweinsteiger, Özil e Müller dominaram a faixa de meio-campo e, com dois belos gols, acabaram de destruir o frágil sistema defensivo adversário e completaram o vexame inglês neste Mundial. Já para a Alemanha, expectativa por um grande confronto com México ou Argentina na próxima fase.





Fonte:UOL

Estados Unidos x Gana

Na prorrogação, Gana acaba com badalação dos EUA e mantém vivo 'sonho africano'

Foi com sofrimento, mas a África segue com esperanças na primeira Copa do Mundo realizada em seu solo. Única representante do continente ainda na disputa, Gana sofreu durante todo o segundo tempo e ficou no empate por 1 a 1 com os Estados Unidos. No entanto, durante a primeira prorrogação deste Mundial, brilhou a estrela do atacante Gyan, que marcou seu terceiro gol na competição e garantiu a vitória por 2 a 1.

Com esse resultado, os ganenses irão enfrentar nas quartas de final o Uruguai, que neste sábado também derrotou a Coreia do Sul por 2 a 1. A partida será realizada na próxima sexta-feira, às 15h30, em Johanesburgo.

A partida contra os uruguaios, por sinal, representará mais uma façanha desta seleção de Gana. Na sua segunda participação em Mundiais, os ganenses igualaram as equipes de Camarões, em 1990, e Senegal, em 2002, com a melhor campanha realizada em Copas do Mundo por um time africano.

O resultado conquistado por Gana neste sábado pode ser considerado surpreendente, já que os Estados Unidos, além de empatarem com a Inglaterra, terminaram em primeiro lugar no grupo C.

Além disso, os norte-americanos ainda foram vítimas de um erro da arbitragem no jogo contra a Eslovênia e conseguiram a classificação apenas depois de marcar um gol aos 46min do segundo tempo contra a Argélia.

Essa espécie de enredo de filme hollywoodiano dos Estados Unidos fez a equipe ganhar simpatizantes de respeito, como Barack Obama, o cantor Mick Jagger, o jogador de basquete Kobe Bryant e o ex-presidente Bill Clinton, este último figura fácil nos estádios em que os norte-americanos disputaram seus jogos neste Mundial.

A epopeia dos norte-americanos, no entanto, começou a terminar logo aos 5min, quando Kevin-Prince Boateng foi mais rápido que a defesa adversária e abriu o placar para os ganenses. O jogador, que ficou marcado como o responsável pela ausência do astro alemão Michael Ballack desta Copa do Mundo, marcou seu primeiro gol neste Mundial.

Os norte-americanos, perdidos em campo, facilitavam o caminho para o sucesso dos ganenses, que dominaram o primeiro tempo sem problemas. Os Estados Unidos, no entanto, voltaram a contar com o decisivo Donovan, herói da classificação na primeira fase, e que, neste sábado, teve sangue frio para converter um pênalti sofrido por Dempsey e igualar o placar.

Muito cansados, os ganenses se seguraram como foi possível até o fim do jogo. Neste período, a defesa da seleção africana assistiu a um show particular negativo de Altidore, que desperdiçou inúmeras chances para dar a vitória aos Estados Unidos e que, no fim das contas, fizeram muita falta, já que na sua única boa jogada na prorrogação, Gana garantiu a sua classificação.



Fonte:
UOL

Uruguai x Coréia do Sul

Luis Suárez brilha, faz dois na Coreia, e Uruguai volta às quartas após 40 anos

A seleção uruguaia comandada por Oscar Tábarez manteve o bom momento dos sul-americanos na Copa do Mundo da África do Sul. Mas enquanto os holofotes do Uruguai estavam voltados para estrela do time, Diego Forlán, quem brilhou foi Luis Suárez, que marcou os dois gols da equipe e confirmou a vitória de 2 a 1 sobre a Coreia do Sul, no jogo de abertura das oitavas de final.

Os gols do atacante garantiram ao time celeste o retorno às quartas de final de uma Copa depois de 40 anos. A última vez tinha sido no Mundial de 1970, no México, quando a seleção foi até às semifinais. Agora, o time enfrenta Gana, que também neste sábado venceu os Estados Unidos por 2 a 1, na prorrogação.

A partida entre uruguaios e ganeses acontece na próxima sexta-feira, às 15h30 (de Brasília), no estádio Soccer City em Johanesburgo.

Apostando na velocidade de seu time, a Coreia começou o jogo partindo para cima e até assustando a defesa uruguaia. Uma bola na trave com apenas 4min de jogo, em cobrança de falta, animou os sul-coreanos. Mas o revide foi fulminante, pouco tempo depois.

Ciente da força de sua defesa, o Uruguai ficou com os contra-ataques puxados por seus três atacantes e foi exatamente com eles que a equipe conseguiu abrir o placar. Lançado por Cavani pela esquerda, Forlán se livrou da marcação e cruzou de maneira quase despretensiosa. Goleiro Sung-ryong deixou a bola passar e ela sobrou limpa para Luis Suárez só tocar para as redes.

Abrir o placar com apenas 8min do primeiro era o que o Uruguai precisava para o time ficar da forma que se sente melhor em campo: na retranca. Com seus três zagueiros – Lugano, Godín e Fucile – bem postados, a Coreia do Sul sofria para chegar próxima ao gol adversário.

A dupla coreana de ‘Parks’, Chu-young e Ji-sung, eram os jogadores que mais levavam perigo aos uruguaios. Mas pressionando os sul-americanos com praticamente o time inteiro, a seleção asiática se abria para os contra-ataques do Uruguai, que teve pelo menos mais duas chances de ampliar o placar no primeiro tempo.

A Coreia do Sul começou o segundo tempo determinada a empatar a partida rapidamente. Atrás no placar, foi para cima desde os primeiros segundos, chegando à frente, em 15min, com mais perigo do que em todo o primeiro tempo.

O Uruguai manteve-se na retranca, mas voltou pior para o segundo tempo. Quando conseguia roubar a bola, não tinha velocidade na saída e errava muitos passes no meio-campo, perdendo a arma do contra-ataque. Com isso, o gol coreano era questão de tempo.

A pressão da Coreia do Sul surtiu efeito aos 22min do segundo tempo. Após cobrança de falta, a bola sobrou para Chung-young marcar de cabeça. O primeiro gol sofrido na Copa do Mundo da África do Sul pareceu acordar os uruguaios, que em seguida voltaram a frequentar seu campo de ataque, levando perigo ao rival.

Essa mudança de postura fez com que os sul-americanos ficassem à frente no placar mais uma vez. Com 36 min do segundo tempo, Luis Suárez limpou o marcador e chutou colocado, no canto de Sung-ryong, para marcar seu segundo gol na partida e confirmar a classificação uruguaia às quartas.



Fonte:
UOL

Chile x Espanha

Villa salva a Espanha e faz do Chile o rival do Brasil nas oitavas

David Villa é o artilheiro da Espanha com Vicente del Bosque, mas chegou ao Mundial à sombra de Fernando Torres e do poderoso meio-campo espanhol. Nesta sexta-feira, ele provou que é o mais importante dos jogadores da Espanha na Copa do Mundo.

Quando o time mais precisava, quando os campeões europeus eram pressionados e já tinham se salvado duas vezes do gol rival, ele mostrou oportunismo. Aproveitou um lance infeliz do goleiro Claudio Bravo e abriu o placar. Foi o fim do sofrimento.

A Espanha venceu por 2 a 1, se classificou para as oitavas de final em primeiro lugar do Grupo H e, agora, enfrenta Portugal na terça-feira, às 15h30, na Cidade do Cabo. O Chile, com o resultado, ainda se classificou, graças à Suíça, que não conseguiu bater Honduras.

Apesar da vitória sobre um dos times que jogavam o melhor futebol da competição, ainda não foi a resposta dos espanhóis para as críticas recebidas nas duas primeiras rodadas. Contra a Suíça, derrota por 1 a 0, o time mostrou um futebol sem nenhuma objetividade. Contra Honduras, vitória por 2 a 0, mas outra atuação sem brilho.

Nesta sexta, os campeões europeus foram pressionados nos primeiros 24 minutos, só abriram o placar porque o goleiro chileno foi dar um carrinho na intermediária, em lance de pouco perigo. Não fosse pela presença de espírito de Villa, e seu pé calibrado, as coisas teriam ficado muito complicadas.

O meio-campo continua jogando sem procurar o gol. A defesa tomou um gol e só não levou outros porque o ataque chileno é formado por jogadores especialistas em criação, não em colocar a bola para dentro. A maior preocupação continua sendo Fernando Torres. Três jogos na Copa, nenhum gol, nenhum lance digno de nota. Nesta tarde, deixou o jogo na metade do 2º tempo e foi colocar gelo no joelho esquerdo.

Para os torcedores espanhóis, o perigo ainda é grande. O próximo rival da Fúria é Portugal, um time bem montado defensivamente, como a Suíça, mas com um ataque poderoso, ainda mais do que o do Chile. Se Iniesta, Xavi & Cia. não conseguiram superar os suíços e tiveram problemas contra o ataque comandado por Valdívia, o que dizer do duelo contra Cristiano Ronaldo e seus companheiros lusitanos?

Para o Chile, os problemas são ainda maiores. O próximo rival é o Brasil na segunda-feira, às 15h30, em Johanesburgo. Marcelo Bielsa já sabe que terá três desfalques: o volante Estrada foi expulso, e os zagueiros Medel e Ponce levaram o segundo amarelo.

O maior perigo, no entanto, é outro. O estilo ofensivo chileno é perfeito para a mentalidade de contra-ataque verde-amarela. Prova disso é o retrospecto. O time de Dunga venceu o de Bielsa duas vezes nas Eliminatórias, 3 a 0 em Santiago (CHI) e 4 a 2 em Salvador.



Fonte:
UOL

Honduras x Suíça

Suíça e Honduras se anulam e estão fora da Copa após empate sem gols

A Suíça é conhecida pela defesa que chegou ao recorde de 559 minutos sem tomar gols em Copas. Honduras não chega a ter ponto forte, mas tem no setor ofensivo sua principal fragilidade. O resultado do encontro entre a melhor defesa e o pior ataque foi um previsível 0 a 0, que eliminou ambas as equipes.

Os dois times entraram em campo com os piores números de finalização na Copa. A Suíça, ao lado da Nova Zelândia, era a seleção que menos tinha chutado a gol, com 15 tentativas em dois jogos. Honduras tinha uma a mais, apesar de ostentar a média de apenas 0,5 passes para chutes. Depois do confronto, pouca coisa mudou: os suíços acertaram o gol cinco vezes, e os hondurenhos só duas.

Com tão pouca iniciativa, ficou difícil sair um classificado desse jogo. A Suíça precisava vencer e torcer para o Chile, ou por uma vitória por dois gols de diferença da Espanha. Já Honduras precisava golear. Com o resultado do outro jogo, os suíços teriam que fazer 2 a 0 para avançar, mas não aproveitaram as suas chances.

Apesar de terem deficiências semelhantes, as duas seleções mostraram estilos bem diferentes em campo. Enquanto a Suíça dominava a posse de bola e se limitava às jogadas aéreas, Honduras tentava sair no contra-ataque rasteiro, com bolas em profundidade, geralmente com o camisa 10 Jerry Palácios tentando lançar para algum atacante em velocidade.

Já a Suíça fechou completamente o seu lado esquerdo, com o lateral Ziegler “plantado” lá atrás, apenas com Gelson Fernandes ajudando o ataque. As melhores jogadas ofensivas saíram pela direita, com Tranquillo Barnetta, que substituiu Alexander Frei e se mostrou a melhor opção do meio para frente. Até porque ele era auxiliado pelo lateral Lichtsteiner, que arriscava algumas subidas pela ponta.

No segundo tempo, sabendo que a Espanha vencia e que precisava da vitória, o técnico Ottmar Hitzfeld colocou Yakin no lugar de Fernandes. Mas foi Honduras que quase fez. O habilidoso Alvarez encontrou Suazo livre, mas o atacante perdeu chance incrível. Logo depois, Barnetta ficou de frente para o gol com muito espaço, mas praticamente atrasou para Valladares.

O goleiro de Honduras ainda recebeu outra bola em suas mãos em uma finalização frontal de Derdiyok. Outra defesa sem dificuldade foi suficiente para que Valladares fosse eleito pela Fifa como o melhor do jogo. Já o suíço Benaglio precisou fazer uma grande defesa em uma chance de Honduras no contra-ataque, no chute de Alvarez. Mas a lógica prevaleceu, e nenhum dos dois times conseguiu balançar as redes.

Fonte:
UOL

PORTUGAL X BRASIL

Brasil volta a mostrar defeitos, mas pega chave fácil no mata-mata

O Brasil conseguiu ficar no lado mais fácil do mata-mata da Copa do Mundo. O nervoso empate em 0 a 0 com Portugal nesta sexta-feira, em Durban, porém, mostrou o velho problema da equipe de Dunga contra retrancas. Mesmo assim, foi suficiente para assegurar a liderança do grupo G. Nas oitavas de final, na próxima segunda-feira, em Johanesburgo, pegará o segundo colocado do grupo H, ainda não definido. Mais que isso, só poderá cruzar com rivais como Argentina, Alemanha e Inglaterra numa eventual decisão. A Holanda, na teoria, é o adversário mais forte dos brasileiros em uma possível partida de quartas de final. Na próxima fase, o time de Dunga pega o Chile, que perdeu a liderança da chave para a Espanha - o duelo com os chilenos acontece na segunda-feira.

Para conseguir isso, a seleção de Dunga enfrentou dois tipos de teste nesta sexta: jogar sem Kaká (suspenso) e Robinho (poupado) e superar a tensão do duelo com os lusitanos. Foi reprovado em ambos. Portugal entrou em campo, no primeiro tempo, recuado, com só um jogador no ataque. A mesma formação usada pela Coreia do Norte. E como na estreia do Mundial, o Brasil não conseguiu superar a retranca. Faltou movimentação no setor ofensivo e os meias não fizeram sua função básica: armar o jogo.

O time de Dunga teve duas chances ainda no primeiro tempo. Uma no segundo. Mas é pouco para um time que quer ser campeão mundial, ainda mais quando, no segundo tempo, Carlos Queiroz mudou o sua equipe e Portugal passou a dominar o jogo. Quando o treinador brasileiro olhou para o banco de reservas, para tentar contra-atacar as trocas do português, as alternativas não apareceram. Ramires entrou no lugar de Júlio Baptista e Grafite, no de Luís Fabiano. Mas os dois estão longe de ser opções reais de criatividade no elenco verde-amarelo.

Com isso, o Brasil caiu no jogo duro que a retranca portuguesa causava. E, nesse quesito, o naturalizado Pepe foi o protagonista. Chegando sempre forte, forçou um amarelo a Luís Fabiano (que deu uma entrada dura no rival) e outro a Felipe Melo. A entrada violenta no tornozelo esquerdo do camisa 5 rendeu um cartão para o jogador luso. O volante brasileiro deu o troco, levou o cartão e Dunga preferiu trocá-lo por Josué ainda no primeiro tempo, para evitar a expulsão.

Até esse momento, a seleção brasileira até tentava. No 1º tempo, deu a impressão de que precisava mais da vitória que os lusitanos. Com 63% de posse de bola e o dobro de finalizações, o time de Dunga dominou as ações. Nilmar mostrou gás. Mandou uma bola na trave, deu um chapéu seguido de chute para fora e acreditou em todas as bolas. Daniel Alves e Júlio Baptista, promovidos a titulares excepcionalmente nesta sexta-feira, não funcionaram como se esperava. Daniel foi bem, mas não foi brilhante. Mesmo assim, fez mais do que Júlio, nulo, principalmente no 2º tempo.

Depois do intervalo, o jogo ficou mais aberto. Portugal lembrou o time que goleou a Coreia do Norte por 7 a 0. E o Brasil começou a tomar seguidos sustos. Na frente, Júlio Baptista ficou só na determinação e deixou o campo. A criatividade que muitas vezes falta ao Brasil não apareceu com ele em campo. É bom Kaká voltar logo, e bem.

Para Portugal, o jogo foi bom. A retranca funcionou e o time foi perigoso, principalmente, na etapa final. Como era esperado, foi um rival muito melhor do que Coreia do Norte e Costa do Marfim, fruto da qualidade técnica de seus atletas. E o “fator Cristiano Ronaldo” fez a diferença. Fominha como de costume, o melhor jogador do mundo de 2008 arriscou chutes de longe, esboçou arrancadas pelas laterais e deixou a defesa sempre em alerta. Foi dele, por exemplo, o melhor lance português, aos 14min do 2º tempo. Terminou como o melhor da partida pela Fifa.

Embora os gols não tenham saído, os 62 mil torcedores que foram ao estádio Moses Mabhida viram uma partida movimentada e com momentos de tensão. Um bom aperitivo para o que deve acontecer nas oitavas de final. O Brasil só não poderá errar tanto no setor ofensivo. No mata-mata os gols que não aconteceram nesta sexta farão falta, mesmo no lado “fácil” da chave.



Fonte:
UOL

Coréia do Norte x Costa do Marfim

Costa do Marfim cumpre tabela contra a Coreia e vence no adeus à Copa

O futebol envolvente que todos esperavam da Costa do Marfim apareceu tarde demais. E foi só diante da frágil Coreia do Norte que a seleção africana conseguiu mostrar o seu bom futebol. Acabou eliminada, mas pelo menos conseguiu uma vitória por 3 a 0, insuficiente para a classificação do time para a segunda fase.

Para avançar, a Costa do Marfim precisava golear a Coreia do Norte por oito gols e ainda torcer por uma vitória do Brasil contra Portugal, que empataram sel gols. Mas os africanos mostraram desinteresse depois de ir para o intervalo vencendo por 2 a 0 e não justificaram a bela performance de sua torcida nas arquibancadas do estádio Mbombela, em Nelspruit.

Como se já não acreditassem na classificação, os marfinenses voltaram para o segundo tempo em um ritmo bem mais devagar. O próprio técnico Sven-Goran Eriksson deixou o time mais lento ao tirar Gervinho, melhor do jogo até então, para a entrada de Dindane na ponta esquerda. Por outro lado, Kalou saiu do banco e marcou o terceiro gol para selar a vitória.

No primeiro tempo, a Costa do Marfim ensaiou um show. Dominou a posse de bola com mais de 60% em relação aos adversários e chutou 11 vezes contra apenas três dos coreanos. Mas, na segunda etapa, os asiáticos até esboçaram uma reação através das arrancadas pelas pontas, enquanto os africanos pareciam esperar o tempo passar.

Satisfeitos com a vitória, os marfinenses confirmaram a sina dos times africanos, que dificilmente conseguem converter o futebol atraente em bons resultados. Na segunda participação seguida em Copas, a Costa do Marfim não passa da primeira fase. Em 2006, conseguiu uma única vitória, contra Sérvia e Montenegro. Neste Mundial, a equipe de Drogba ainda conseguiu terminar com um ponto a mais.

Astro do time, o atacante do Chelsea conseguiu mostrar pouco do seu talento diante dos inocentes marcadores norte-coreanos. Atuando isolado na frente e contando com o auxílio de Gervinho e Keita abertos pelas laterais no primeiro tempo, Drogba apenas assistiu ao belo chute de Yaya Touré, que abriu o placar aos 14 minutos de jogo com um remate de fora da área.

Já a jogada do segundo gol teve a participação de Drogba, que dominou bonito na área e fuzilou o travessão antes de Romaric aproveitar o rebote e completar de cabeça para o gol ainda no primeiro tempo. O astro do time ainda teve outro anulado. Foi mais discreto no segundo tempo e no final ainda viu Boka achar Kalou na área para marcar o terceiro.

Do outro lado, a Coreia do Norte teve uma exibição melhor do que na goleada por 7 a 0 sofrida para Portugal. Tae-Se teve uma boa chance após uma arrancada pela direita, mas foi barrado pelo goleiro Barry. Ainda assim, as coisas não funcionaram tão bem quanto na estreia contra o Brasil. Já a Costa do Marfim perdeu a chance de se despedir em alto estilo ao “pisar no freio” no segundo tempo

Fonte:
UOL

terça-feira, 29 de junho de 2010

Camarões x Holanda

Em 'amistoso de luxo', Holanda despacha Camarões e fica no caminho do Brasil

Classificada com antecedência, graças às vitórias nas duas primeiras rodadas, a Holanda pôde ter um privilégio nesta quinta-feira: disputar uma espécie de “amistoso” contra Camarões, seleção eliminada precocemente da Copa do Mundo. E, em ritmo de treino, os holandeses venceram os camaroneses por 2 a 1, terminaram em primeiro lugar no grupo E, e agora podem aparecer no caminho do Brasil na segunda fase.

O encontro entre holandeses e brasileiros pode acontecer apenas nas quartas de final. Porém, para isso, a Holanda precisa derrotar a Eslováquia, seu adversário no jogo desta segunda-feira, às 11h, e o Brasil, além de terminar em primeiro no grupo G, também terá de vencer o seu confronto pelas oitavas de final.

Além da Holanda, o grupo E ainda teve a surpreendente classificação do Japão. Os nipônicos venceram com propriedade a Dinamarca por 3 a 1, em Rustemburgo, e com isso serão os adversários do Paraguai, em jogo que acontece na terça-feira, às 11h, em Pretória.

A Holanda entrou em campo com quase toda a sua equipe ideal. A grande expectativa girava em torno da escalação de Arjen Robben, jogador que ainda não havia estreado neste Mundial por conta de problemas musculares. Aos 27min do segundo tempo, no entanto, o atacante substituiu Van der Vaart e pôde utilizar esta partida, principalmente, para recuperar o seu ritmo de jogo.

Porém, sem Robben desde o início, coube a Van Persie o papel de abrir o placar no primeiro tempo, após boa trama no lado direito do ataque da Holanda. Sem fazer muita força, os holandeses ainda desperdiçaram outras duas grandes chances de ampliar.

Na segunda etapa, o técnico Bert Van Marwijk começou a poupar jogadores, já pensando no próximo jogo da equipe. Dessa forma, Van Persie e Kuyt foram substituídos.

Se a Holanda jogava em ritmo lento, Camarões buscava, ao menos, deixar a África do Sul de forma menos vergonhosa. Coube a Eto’o, melhor jogador da equipe, o papel de cobrar o pênalti e marcar o segundo gol dele e da sua seleção nesta Copa do Mundo.

Nos minutos finais, os africanos ainda tiveram tempo de prestar uma homenagem a Rigobert Song que, ao entrar na partida desta quinta-feira, chegou à marca de quatro Copas do Mundo disputadas (as outras foram em 1994, 1998 e 2002). O defensor, no entanto, não conseguiu evitar um lançamento para Robben e, após a conclusão na trave, o reserva Huntelaar garantiu a vitória e o aproveitamento 100% dos holandeses.

Fonte: UOL

Dinamarca x Japão

O Japão chegou à Copa do Mundo desacreditado e apontado como a grande zebra do grupo E. Mas nesta quinta-feira, a seleção deu mais uma prova que seus críticos estavam errados. Apoiado por um sólido sistema defensivo e um ataque eficaz, o time asiático não deu chances à Dinamarca e levou a melhor por 3 a 1 em Rustemburgo para ratificar a vaga nas oitavas de final.

O triunfo da seleção de Takeshi Okada foi movido por uma série de novidades para o Japão em Copas. Os primeiros dois gols nipônicos foram marcados em cobranças de faltas, algo que a seleção nunca havia conseguido no torneio. Não só isso, como o time anotou seu gol mais rápido em Mundiais – aos 17min, com Honda.

O resultado também pôs um fim à tradição da Dinamarca de sempre se classificar para a segunda fase do torneio. Até esta quinta, a equipe havia avançado para a fase decisiva em todas as outras Copas que havia disputado. A esquadra nipônica, por outro lado, confirmou a classificação para as oitavas de final pela primeira vez em um Mundial disputado fora de seu território.

No fim, a Holanda encerrou a primeira fase com nove pontos, na liderança do grupo E, e agora enfrentará a Eslováquia. O Japão ficou em segundo, com seis, e terá o Paraguai como próximo rival. Dinamarca, com três pontos, e Camarões, sem nenhum, completam a chave.

A seleção asiática chegou à África do Sul sob críticas devido às quatro derrotas consecutivas antes da Copa. Mas o que se viu quando o torneio começou foi uma equipe bastante entusiasmada e com forte poder de marcação. Nesta quinta, não foi diferente.

O confronto começou como esperado. Precisando vencer, a Dinamarca tomou controle das ações no meio-campo, enquanto o Japão apostou nos contra-ataques. E aos 17min, os comandados de Takeshi Okada conseguiram o que desejavam. Honda abriu o placar em cobrança de falta ajudado por falha de Sorensen e deixou a situação de seu time mais confortável.

A seleção de Morten Olsen sentiu o gol adversário. Atrás no placar, a equipe teve dificuldades para avançar. Foi aí que o Japão aproveitou para aumentar a vantagem. Aos 29min, Endo bateu falta com perfeição e ampliou o placar para o time asiático, que seguiu tranquilo na marcação até o intervalo.

Na etapa final, a Dinamarca foi para o ataque na base do desespero. Morten Olsen deixou a equipe escandinava apenas com Agger na zaga e todo o restante do time pressionando.

Apesar do ímpeto ofensivo da seleção europeia, poucas chances claras de gol foram criadas. Até que aos 36min, a Dinamarca finalmente saiu do zero depois de tanto pressionar. Tomasson errou a cobrança de pênalti, mas aproveitou a sobra para descontar. Mas já era tarde, e o gol não impediu a queda da equipe na Copa do Mundo. Aos 43min, Okazaki ainda fez o terceiro em jogada de contra-ataque e selou o triunfo japonês.



Fonte: UOL

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Um ano depois, morte de Michael Jackson ainda é mistério



Los Angeles (EUA), 25 jun (EFE).- Um ano se passou e as incógnitas sobre a morte de Michael Jackson são mantidas, enquanto a acusação e os familiares do artista, envolvidos em um interminável processo judicial, buscam um culpado.

Hoje, no primeiro aniversário da morte do "rei do pop", ainda não estão claras as circunstâncias do seu falecimento, mas a figura do médico pessoal do artista, Conrad Murray, presente nos últimos instantes de vida do cantor, está na mira das suspeitas. Murray foi acusado formalmente de homicídio involuntário.

No dia 23 de agosto, começa a audiência preliminar sobre o caso, que pode se prolongar por uma semana. O juiz decidirá se deve ir a julgamento, uma decisão que vem sendo adiada há meses.

Há poucos dias, no dia 14 de junho, o juiz Michael Pastor, da Corte Superior de Los Angeles, opinou que por enquanto Murray seguiria exercendo sua profissão na Califórnia, apesar do pedido da acusação de inabilitá-lo até que ele fosse julgado.

Pastor esclareceu que essa decisão já tinha sido tomada em fevereiro por seu colega Keith Schwartz, que também tirou de Murray o poder de receitar calmantes e anestésicos.

O "rei do pop" morreu no dia 25 de junho de 2009 devido a uma intoxicação aguda de remédios, especialmente do anestésico de uso hospitalar Propofol.

Murray confessou ter receitado ao cantor esse sedativo, que ajuda a dormir, mas manteve que não fez nada improcedente que provocasse a morte do artista.

No entanto, em março apareceram testemunhas-chave que levantaram dúvidas em torno da declaração do médico.

Alberto Alvarez, diretor de logística de Michael para a turnê "This is It", foi uma das pessoas que viram o cantor pouco antes de morrer. Ele disse ter visto Michael com a boca meio aberta, os olhos abertos e aparentemente inconsciente.

Segundo sua declaração, o médico trabalhou freneticamente para salvar a vida do artista e até tentou a respiração boca a boca.

Conforme Miranda Sevcik, porta-voz da defesa, essas declarações foram de "táticas ridículas" por parte da acusação.

A Promotoria de Los Angeles acusou Murray em fevereiro de ter cometido homicídio involuntário. Ele foi declarado inocente e lhe foi imposta uma fiança de US$ 75 mil.

Murray foi acusado de ter atuado "fora da lei" e sem a devida "precaução e cautela" quando receitou ao cantor os medicamentos que acabaram com sua vida no dia 25 de junho de 2009.

No entanto, foi destacado que o doutor atuou "sem malícia", por isso seu comportamento não foi considerado um "crime grave".

As autoridades disseram que Murray será condenado a uma pena máxima de quatro anos de prisão.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Paraguai x Nova Zelândia

Paraguai só empata, mas confirma força sul-americana e se classifica em primeiro

A surpreendente Nova Zelândia até conseguiu segurar o Paraguai, mas isso não foi suficiente para estragar a festa dos jogadores guaranis. Reforçando o atual bom momento das seleções sul-americanas, os paraguaios ficaram no 0 a 0 com a equipe da Oceania, nesta quinta-feira, e avançaram às oitavas de final como os primeiros colocados do grupo F.

Se a classificação do Paraguai pode ser considerada normal, já que a equipe liderava a sua chave antes desta terceira rodada, o dono da segunda vaga surpreendeu. A Eslováquia derrotou a Itália por 3 a 2 e terminou no segundo lugar, eliminando assim os italianos.

Para a Nova Zelândia, que participou apenas da sua segunda Copa do Mundo, serve como alento o fato de a equipe deixar a competição invicta, com três empates.

Agora, paraguaios e eslovacos aguardam o desfecho do grupo E, que já tem a Holanda entre os garantidos nas oitavas, para saber quais serão seus próximos adversários. O Paraguai fará sua partida na terça-feira, às 11h, em Pretória, enquanto a Eslováquia entra em campo no mesmo horário, mas na segunda-feira, em Durban.

Com a confirmação da vaga do Paraguai, a América do Sul conta agora com quatro representantes na próxima fase, já que Argentina, Uruguai e Brasil – este por antecipação -, já estão nas oitavas. A última seleção sul-americana na disputa é o Chile, que jogará nesta sexta-feira, contra a Espanha, precisando de um empate para ficar entre os 16 melhores.

Mesmo sem o zagueiro Alcaraz, que marcou o primeiro gol paraguaio nesta Copa do Mundo, o meia Jonathan Santana (ambos contundidos) e o atacante Lucas Barrios (que entrou apenas no segundo tempo), o Paraguai não se intimidou e comandou as ações durante a maior parte do jogo.

Já a Nova Zelândia, por sua vez, apostou no mesmo esquema de jogo que culminou no melhor resultado do país em sua curta história na Copa do Mundo: o empate por 1 a 1 com a Itália, na segunda rodada. Desta forma, os neozelandeses exploravam rápidos contra-ataques e, principalmente, bolas alçadas na área adversária.

Essa tática, no entanto, não chegou a preocupar os paraguaios, que conseguiram dominar o meio-campo com facilidade.

Porém, os muitos erros de passes entre os jogadores do Paraguai tornaram o jogo no Peter Mokaba, em Polokwane, extremamente monótono para os torcedores.

Nos últimos 15 minutos, a Nova Zelândia até buscou adiantar a sua equipe para surpreender os paraguaios e ficar com a vaga, mas a falta de habilidade dos neozelandeses ficou evidente. Quando conseguia passar, a arbitragem assinalava alguma irregularidade. Do outro lado, o Paraguai não se desesperou e soube segurar o resultado que o favorecia.



Fonte:
UOL

Eslováquia x Itália

Itália volta a decepcionar, confirma fiasco e dá adeus à pior Copa de sua história

Desta vez, o peso da camisa não fez a diferença. A Itália voltou a decepcionar e não evitou a tragédia em Johanesburgo nesta quinta-feira. Novamente sem inspiração, a Azzurra acabou superada pela Eslováquia por 3 a 2. Desta forma, foi eliminada com sua pior participação na história dos Mundiais e de quebra viu o rival do leste europeu se classificar após um duelo dramático e decidido nos acréscimos.

Esta é a primeira vez que a seleção italiana deixa um Mundial sem vencer. Mas em nenhum momento, a esquadra azul deu sinais de que seu destino seria diferente. Após duas partidas sem convencer, a equipe de Marcello Lippi não desencantou e voltou a abusar dos erros nesta quinta. Como resultado, só pôde lamentar a eliminação.

Na verdade, a Itália já havia chegado à África do Sul sob forte clima de desconfiança. A equipe estava tão em baixa, que não havia vencido um jogo sequer em toda a temporada. Ainda assim, havia a expectativa que tudo mudaria no Mundial, o que não aconteceu.

Melhor para a Eslováquia, que quebrou todos os prognósticos e ratificou a classificação à segunda fase em sua primeira participação na Copa desde 1990, quando ainda formava, junto com a atual República Tcheca, a Tchecoslováquia. O Paraguai encerrou o grupo F na liderança, com cinco pontos, seguido pelo time do leste europeu (quatro pontos), Nova Zelândia (3) e Itália (2).

A partida começou com um problema até então inédito para a atual campeã no torneio. Com bom aproveitamento de passes, a Eslováquia dominou mais de 60% da posse de bola e deu poucas chances à equipe de Marcello Lippi. Porém, mesmo quando saía para o jogo, a Azzurra não correspondia. Tanto, que aos 24min Vittek aproveitou erro de De Rossi na saída de bola e abriu o placar.

Bastou apenas isso para a apreensão tomar conta dos italianos. A imagem de Buffon e Pirlo no banco de reservas ilustrava bem esse sentimento: sem poder atuar por lesão, os dois exibiam semblantes de desespero enquanto o time lutava em vão para empatar o duelo até o intervalo.

Lippi fez o que pôde para mudar o jogo no início do segundo tempo. Promoveu as entradas de Quagliarella e Maggio, mas as mudanças não alteraram o panorama da partida. A Itália seguiu com dificuldades para se aproximar da área rival, enquanto a Eslováquia se segurou na defesa.

Insatisfeito, Lippi apostou em sua última cartada: colocou Pirlo, que ainda se recuperava de lesão, para evitar o desastre. Mas a Itália não tinha nada a seu favor. E contou ainda com um lance extremamente duvidoso aos 21min, quando Skrtel afastou a bola em cima da linha do gol.

No fim, nada fez efeito para os atuais campeões. Aos 28min, Vittek voltou a marcar após cobrança de escanteio. Sete minutos depois, Di Natale descontou e manteve as esperanças dos italianos. Mas a Eslováquia se segurou e selou o rumo da partida com gol aos 43min de Kopunek. Aos 46min, Quagliarella ainda fez o segundo da Azzurra, mas não evitou a queda da equipe.



Fonte: UOL

Austrália x Sérvia

Austrália bate Sérvia, mas frustra torcida e fica fora das oitavas no saldo de gols

Contando com uma das maiores torcidas da Copa do Mundo, que desde o primeiro jogo colore de amarelo as arquibancadas sul-africanas, a Austrália mostrou um bom poder de reação e venceu a Sérvia por 2 a 1, mas acabou ficando de fora das oitavas de final.

O time australiano, que mais uma vez ouviu seus torcedores cantando o hino do país a plenos pulmões antes de a bola rolar, ficou com os mesmos quatro pontos de Gana, mas terminou com três gols a menos de saldo, já que a equipe africana perdeu por apenas 1 a 0 para a Alemanha no outro jogo da chave e se classificou.

O equilíbrio foi a tônica do inicio da partida entre sérvios e australianos, que tinham posse de bola parecida. A diferença aparecia no momento das saídas rápidas ao ataque. O time europeu tinha mais qualidade no passe. Sempre que ia à frente, chegava com perigo ao gol da Austrália, pecando apenas no momento das finalizações.

Os australianos até tocavam mais a bola, ficavam um pouco mais de tempo com ela, mas não conseguiam entrar na defesa adversária, tanto por conta da força defensiva da Sérvia quanto pela falta de qualidade e recursos dos homens de frente da equipe da Oceania. As melhores oportunidades eram nos lances de bola parada.

A partir dos 30min do primeiro tempo, os sérvios começaram a dominar a partida de forma mais incisiva. Com jogadores mais habilidosos no meio-campo, como Kusmanovic, e atacantes mais inspirados, a exemplo de Krasic, a Sérvia dava muito trabalho ao goleiro Schwarzer, que ia salvando o time australiano.

A Austrália começou o segundo tempo apostando na marcação sob pressão, apertando a Sérvia na saída de bola. O recurso fez efeito apenas nos primeiros minutos, pois logo a seleção europeia encontrou uma maneira de ir ao ataque: passes rápidos e de primeira.

A partir dos 15min da etapa complementar o jogo passou a tomar contornos de drama, já que a Alemanha abriu o placar contra Gana. Nesse cenário, os australianos precisariam fazer quatro gols para ir às oitavas de final. Já aos sérvios, uma vitória simples já era o suficiente.

Até por isso, os australianos passaram a pressionar, o que logo surtiu efeito. Com 24 min do segundo tempo, Tim Cahill, que voltava ao time depois de cumprir suspensão por cartão vermelho na estreia, subiu mais que a defesa sérvia para cabecear e marcar.

Precisando tirar o saldo, a reação australiana foi fulminante. Apenas quatro minutos depois de ter aberto o placar, a equipe conseguiu ampliar. Em chute da intermediária, Holman, que tinha acabado de entrar, fez o segundo gol da partida.

A Sérvia ainda conseguiu marcar um gol no final da partida, com Pantelic, mas não foi o suficiente para dar a vaga ao time nas oitavas de final da Copa do Mundo.



Fonte: UOL

Gana x Alemanha

Vitória contra Gana dá vaga à Alemanha, mas também garante africanos nas oitavas

A Alemanha venceu Gana por 1 a 0, nesta quarta-feira, mas não houve motivos para nenhum torcedor que esteve no Soccer City ficar decepcionado. O resultado, além de colocar os alemães nas oitavas de final, também deu a vaga aos ganenses, que com isso garantiram pelo menos a presença de uma seleção africana entre as 16 melhores desta Copa do Mundo.

Antes dos confrontos decisivos desta terceira rodada, o grupo D se mostrou um dos mais equilibrados, com os quatro integrantes com chances reais de classificação. Porém, a vitória colocou os alemães com seis pontos, na primeira colocação, e deixou os ganenses em segundo, com quatro. Os africanos, no entanto, só levaram vantagem sobre a Austrália (que venceu a Sérvia por 2 a 1), no saldo de gols.

O sentimento de alegria da Alemanha, no entanto, deve dar lugar à apreensão, já que o adversário da equipe nas oitavas de final será a Inglaterra. A partida acontece neste domingo, às 11h, em Bloemfontein. Gana, por sua vez, encara os Estados Unidos, um dia antes, em Rustemburgo.

A Alemanha foi para o jogo sem o seu goleador. Miroslav Klose, que já marcou 11 gols ao longo da história da Copa do Mundo, recebeu cartão vermelho na última rodada e foi substituído por Cacau, brasileiro naturalizado. Além dele, a outra novidade da equipe alemã foi a entrada de Boateng na lateral direita, levando assim o capitão Philipp Lahm para a esquerda.

Mesmo sem a sua referência no ataque, a Alemanha mostrou volume de jogo e atacou como pôde Gana. Os representantes da África, no entanto, corresponderam na mesma moeda, fato que tornou o primeiro tempo muito movimentado, apesar da ausência de gols.

Esse problema, no entanto, foi resolvido por Ozil no início da segunda etapa. Depois de perder uma chance clara de frente para o goleiro, desta vez o camisa 8 não errou e, com um belo chute no ângulo, garantiu a vitória à Alemanha.

A derrota em campo, no entanto, não acabava com os sonhos de Gana de repetir a última Copa do Mundo e chegar às oitavas de final. Porém, à medida que a Austrália ia marcando gols contra a Sérvia, na outra partida do grupo D, os ganenses passaram a fazer contas e correr em busca do empate. No final, no entanto, os dois times comemoraram no gramado a suada vaga na próxima fase.



Fonte: UOL

Eslovênia x Inglaterra

'Remodelada', Inglaterra vence, abafa crise e pega Alemanha nas oitavas

Depois de dois empates pouco convincentes e um princípio de crise, a Inglaterra mudou. Porém, mais do que novos titulares ou posicionamentos em campo, a equipe inglesa esboçou uma postura diferente e, com isso, conquistou sua primeira vitória ao derrotar a Eslovênia por 1 a 0, nesta quarta-feira, e garantir sua vaga nas oitavas de final.

Além da primeira derrota no Mundial, os eslovenos também viram a classificação inédita às oitavas de final escapar nos últimos instantes. No outro jogo do grupo, os Estados Unidos fizeram 1 a 0 aos 46min do segundo tempo e, com isso, avançaram em primeiro lugar, deixaram os ingleses em segundo e a Eslovênia ficou fora.

Agora, a Inglaterra fará o clássico com a Alemanha logo nas oitavas de final, já que os alemães terminaram em primeiro lugar no grupo D. A partida acontece no próximo domingo, às 11h, em Bloemfontein. Os Estados Unidos, por sua vez, terão pela frente a seleção de Gana, neste sábado, às 15h30, em Rustemburgo.

Após ter a escalação da equipe questionada publicamente pelo zagueiro John Terry, o técnico Fabio Capello resolveu mudar novamente o time titular. Porém, Joe Cole, defendido pelo ex-capitão do English Team, permaneceu no banco de reservas e foi opção no segundo tempo. As novidades foram Upson no lugar do suspenso Carragher, Milner no de Lennon e Defoe, que ganhou o lugar de Heskey no ataque.

Até por essas mudanças, o gol inglês deve ser creditado a Capello, já que Milner, que não teve uma atuação brilhante, fez um ótimo cruzamento e Defoe, com apenas 1,70m, se antecipou à defesa eslovena para vencer o bom goleiro Handanovic e abrir o placar.

Além da mudança de jogadores, Capello também alterou o posicionamento do seu meio-campo. Milner, que na estreia jogou pela esquerda, desta vez foi escalado na direita. Com isso, Gerard foi deslocado para o lado oposto, deixando Lampard e Barry mais ao centro.

Grande esperança dos ingleses, Rooney também foi diferente dos dois primeiros jogos. O atacante fez boa parceria com Gerrard e Defoe, chegou a acertar uma bola na trave, mas segue sem balançar as redes.

Independentemente do jejum de gols de Rooney, que não marca há sete jogos pela seleção, a Inglaterra soube se desvencilhar da marcação adversária e, com a disposição esperada de uma das favoritas ao título, conseguiu impor seu jogo. Os eslovenos, no entanto, mostraram que não se classificaram à toa e, nos últimos 20min, acuaram os ingleses e por pouco não conseguiram o empate.



Fonte: UOL

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Grécia x Argentina

Mistão argentino sofre com retranca grega, mas vence e reencontra México

O bom futebol argentino apresentado nos dois primeiros jogos não foi repetido na terceira rodada do grupo B da Copa do Mundo. Mas mesmo sofrendo com a forte retranca montada pela Grécia, o time do técnico Diego Maradona venceu por 2 a 0 e foi às oitavas de final em primeiro da chave, com 100% de aproveitamento.

Agora, na primeira rodada do mata-mata, a seleção argentina reencontra o México, que terminou como segundo colocado do grupo A. Os dois times já se enfrentaram nas oitavas do Mundial da Alemanha.

No outro jogo da chave, a Coreia do Sul sofreu, mas ficou no empate de 2 a 2 com a Nigéria e garantiu a segunda vaga para enfrentar o Uruguai nas oitavas.

Com apenas quatro jogadores considerados titulares, a Argentina sofria com a falta de entrosamento no início da partida. Tinha um amplo domínio na posse de bola, mas errava passes curtos, o que atrasava a saída de bola. Não tinha a mesma cadência apresentada nos primeiros jogos.

Ciente de suas limitações em relação ao rival, a Grécia ficava bem postada em seu campo de defesa. Mesmo assim, foram poucas as chances criadas pela equipe em lances de contra-ataques. Isolado na frente, Samaras sofria para receber a bola no ataque.

Apenas após 20min os argentinos passaram a se encontrar mais em campo e pressionar os gregos com mais efetividade. As tabelas entre Messi e Aguero começaram a sair, assim como os lançamentos e os chutes de longa distância do veterano Verón.

Por alguns momentos no primeiro tempo, os gregos até conseguiram levar algum perigo ao gol rival, mas sempre com bolas alçadas na área. Já os argentinos eram mais incisivos, tanto que fecharam a etapa inicial com 65% de posse de bola e quatro chutes na direção do gol, dando trabalho muito trabalho ao goleiro Tzorvas.

Precisando da vitória para ir às oitavas de final, principalmente depois de a Coreia do Sul ter passado à frente no placar contra a Nigéria no início do segundo tempo do outro jogo da chave, a Grécia até tentou reagir nos primeiros minutos da etapa completar.

Os chutões para o isolado Samaras passaram a ser ainda mais frequentes, principalmente após as saídas de Katsouranis e Torossidis por conta de lesão. Mas ficava cada vez mais nítida a falta de recursos do atacante grego.

A pressão argentina uma hora tinha de fazer efeito, o que aconteceu apenas com 32min da etapa complementar. Após cobrança de escanteio, Demichelis cabeceou bem, mas encontrou seu companheiro Diego Milito no caminho. Na sobra, fuzilou o gol grego para não dar chance ao azar e finalmente marcar primeiro tento argentino na partida.

Nos últimos minutos, ainda deu tempo da Argentina marcar o segundo. Depois de grande jogada de Messi e outra boa defesa de Tzorvas, a bola sobrou limpa para o veterano – e amuleto de Maradona – Palermo dar números finais ao placar.



Fonte: UOL

Nigéria x Coreia do Sul

Com empate, Nigéria é 3ª africana a dar adeus à Copa; Coreia encara Uruguai

Em mais um dia ruim para as seleções africanas na Copa do Mundo, a Nigéria foi eliminada, juntando-se a Camarões e África do Sul, depois de apenas empatar com a Coreia do Sul por 2 a 2, em Durban, pela última rodada do grupo B. Com Costa do Marfim também praticamente fora, só restam Gana e Argélia com chances de passar às oitavas de final do primeiro Mundial realizado no continente africano.

Com o resultado, os sul-coreanos se classificaram em segundo lugar no grupo e enfrentam o Uruguai nas oitavas. A Argentina, primeira colocada do grupo, enfrentará o México na próxima fase.

O que se viu em Durban foi o confronto entre uma equipe que precisava desesperadamente da vitória para sonhar com a classificação às oitavas e uma outra que se contentava com o empate. Essa combinação costuma favorecer as equipes mais bem armadas e seguras, mas os nigerianos até deram a impressão que, mesmo desordenadamente, poderiam conseguir o sonhado resultado.

Como ocorreu contra a Grécia, a Nigéria saiu na frente, dominava completamente o jogo. Mas perdeu algumas oportunidades e logo se complicou. No jogo anterior, teve um jogador expulso ainda no primeiro tempo e levou a virada. Contra a Coreia, o roteiro foi semelhante.

Marcou aos 12 min, depois que Odiah fez jogada individual pela direita e cruzou na área para Uche se antecipar ao marcador e finalizar rasteiro. Mas logo os nigerianos perderam o ímpeto e o controle. Jogando muito duro e abusando das faltas, foram dando espaço aos sul-coreanos, que empataram ainda no primeiro tempo. De cabeça, chegando por trás da defesa nigeriana, Lee fez o primeiro gol asiático.

Segundo o Datafolha, a Nigéria foi o quarto time que menos fez faltas nas duas primeiras rodadas. Já a Coreia do Sul foi o 11º que mais fez – 9 contra 16,5 faltas, em média. Só no primeiro tempo da partida desta terça-feira, os nigerianos fizeram 22 faltas, contra 12 dos coreanos.

No segundo tempo, a Coreia do Sul deu a impressão de que ia liquidar as esperanças da Nigéria rapidamente. Logo aos três minutos, virou o jogo, numa cobrança de falta de Chu Young Park, em que o goleiro Enyeama falhou. O resultado, ao invés de desanimar os nigerianos, os acordou.

Aos 22, Yakubo recebeu bola limpa e rasteira dentro da pequena área e, com o gol vazio, chutou para fora. É jogada para integrar qualquer antologia de gols perdidos em Copa do Mundo. Minutos depois, em distração da zaga coreana, Nam Kim derrubou Obasi na área, e o esmo Yakubo empatou o jogo, batendo o pênalti.

Antes de se despedir da Copa, Martins ainda perdeu outro gol na frente do goleiro sul-coreano. Com grande apoio da torcida sul-africana, que lotou o estádio, a Nigéria deixa a Copa do Mundo com duas derrotas e um empate – uma campanha mais que decepcionante, como a da maioria das seleções africanas.

Os sul-coreanos festejaram muito a classificação. Ainda no gramado, todos os jogadores se abraçaram ajoelhados e ficaram assim por um minuto. Alguns choravam, até. Do lado nigeriano, vários atletas desabaram no gramado depois do apito final, e também choraram por causa do resultado.



Fonte: UOL

terça-feira, 22 de junho de 2010

África do Sul x França

França se despede de maneira melancólica com derrota para África do Sul

Cena 1: Antes do início do jogo, Raymond Domenech caminha sozinho até o centro do gramado e fica alguns minutos olhando em volta, para as arquibancadas do estádio Royal Park.

Cena 2: Gourcuff sobe de cabeça, acerta com o cotovelo o queixo de Sibaya. Leva o vermelho e sai sem mostrar emoção nenhuma.

A escalação França começou com Cisse e Gignac, que não fizeram nada. Falta de empenho Franceses, claramente, não estavam muito ligados na partida. Empolgação Sul-africanos não eram favoritos, mas foram para cima e abriram 2 a 0

Cena 3: O jogo termina, a França está eliminada e os jogadores deixam o campo como se fosse o fim de uma partida comum.

O enredo da eliminação francesa na Copa do Mundo foi esse. Fim melancólico, sem emoção. Quem acompanhou a história de Raymond Domenech e seus jogadores no Mundial de 2010 não se surpreendeu.

A África do Sul venceu por 2 a 1, em uma festa para a fanática torcida local. A maior responsável pelo resultado, no entanto, foi a rival. A França voltou a jogar mal. Faltou empenho. Faltou comprometimento. Enfim, faltaram as mesmas qualidades que faltaram ao time nas duas primeiras partidas. E isso é natural.

Na derrota para o México, Anelka ofendeu Domenech no intervalo. Dois dias depois, voltava para a França. O elenco, então, se revoltou contra a dispensa. Os jogadores não quiseram treinar, fizeram um motim - você pode conferir no álbum em quadrinhos toda a crise francesa. O treinador, para o último jogo, mudou meio time.

Saíram, além de Anelka, Govou, Malouda, Abidal e o capitão Evra – Toulalan estava suspenso. Entraram Ginac, Cisse, Clichy, Squilacci, Clichy, Gourcuff. Mudaram os nomes, o panorama ficou o mesmo. Aliás, talvez o time tenha até piorado. Afinal, Gorcouf, apontado como um dos pivôs da crise, foi expulso aos 25min do 1º tempo e saiu do campo sem mostrar emoção nenhuma.

Pouco adiantou o que Henry fez. Ele entrou em campo e, só por isso, entrou para a história francesa. Chegou a 17 jogos em Copas, igualando a marca de Fabien Barthez - ele seria o primeiro da lista, se não fosse pela teimosia de Domenech.

Com o veterano e Malouda em campo, a França melhorou. Mostrou um pouco mais de vontade, fez um gol, em lance de Ribery, e evitou outro recorde: se não tivesse marcado, se tornaria apenas a segunda seleção na história eliminada em duas Copas do Mundo sem marcar nenhum gol. A única, até hoje, a conseguir o feito foi a Bolívia.

O triste fim francês, porém, manchou a alegria sul-africana. Com a vitória do Uruguai sobre o México por 1 a 0, os anfitriões jogaram todo o segundo tempo sonhando com a classificação. A equipe de Carlos Alberto Parreira precisava vencer por 4 a 0. Fez dois, com Khumalo, de cabeça, e Mphela, em trapalhada da defesa francesa.

Uma pena, mas foi pouco. Parreira pode ter sido o primeiro técnico a comandar seleções em seis Copas diferentes e, finalmente, ter vencido um jogo em Mundiais com uma seleção estrangeira. Mas foi, também, o primeiro a treinar um país anfitrião que não passou pela 1ª fase.



Fonte: UOL

Uruguai x México

Uruguai volta à retranca, vence no contra-ataque e vai com México às oitavas

Depois de mostrar um time muito ofensivo na vitória sobre a África do Sul na última rodada, o Uruguai voltou apostar em seu forte sistema defensivo para confirmar a vaga nas oitavas de final. O time celeste apostou apenas no contra-ataque para vencer o México por 1 a 0 e confirmar sua classificação na liderança do grupo A.

Passividade: Não que tenham feito um jogo de compadres, mas México e Uruguai se respeitaram muito na maior parte do tempo.
Contra-ataque: Bem na defesa, os uruguaios usaram a saída rápida ao ataque como arma letal, que redundou em nova vitória.
Falta de pontaria: O México teve mais posse de bola e atacou muito, mas seus atacantes falhavam na hora das conclusões.

Só que se acabaram derrotados, os mexicanos garantiram classificação no saldo de gols porque no outro jogo da chave a África do Sul bateu a França só por 2 a 1.

Em um jogo que poderia ser marcado pelo pouco combate de ambos os lados, já que o empate levaria os dois times ao mata-mata, o México partiu para cima e o Uruguai se segurou na maior parte do tempo, ficando apenas com contra-ataques, o suficiente para sair com a vitória.

Mesmo com seus três atacantes da última partida, quando venceu a África do Sul por 2 a 0, o Uruguai não começou o jogo com ímpeto ofensivo similar. Com isso, o México ficava mais com a posse de bola que era de 57% com 20min do primeiro tempo.

Mas o domínio, nem de longe, era convertido em bons ataques ou em chances de gol para os mexicanos, que pareciam inocentes em campo, presas fáceis para a forte marcação do Uruguai. O México tocava muito a bola e sempre batia de frente com o paredão uruguaio.

Segurando-se em sua intermediária, o time sul-americano apostava nos contra-ataques, sempre perigosos, com Cavani caindo pela direita e Forlán regendo o time.

Com exceção de um chute na trave de Guardado, o primeiro bom lance do primeiro tempo saiu apenas aos 43min e foi o gol uruguaio. Como tinha ensaiado em toda a primeira etapa, Cavani puxou o contra-ataque e cruzou certeiro na cabeça de Luís Suarez, que tocou fácil para o fundo do gol.

Precisando pelo menos empatar para garantir a vaga nas oitavas sem depender do resultado de França x África do Sul, o técnico mexicano colocou o atacante Barrera no lugar do meio-campista Guardado. O time ganhou ofensividade, mas também ficou ainda mais sujeito aos contra-ataques do Uruguai.

Depois de levar alguns sustos, como uma cabeça de Lugano que redundou em grande defesa de Oscar Perez, o México passou a dominar o jogo de forma mais contundente a partir dos 20min do segundo tempo e chegar com mais força ao ataque.

O jogo caiu de ritmo assim que saiu o primeiro gol da França sobre a África do Sul no outro jogo do grupo, praticamente acabando com a chance de mexicanos e uruguaios serem eliminados.

Agora, uruguaios e mexicanos esperam o resultado da última rodada do grupo B para saber quem serão seus rivais nas oitavas de final. Argentina é a favorita para terminar em primeiro lugar na chave. Coreia do Sul, Grécia e Nigéria disputam a segunda vaga.



Fonte: UOL

Espanha x Honduras

Espanha marca dois, vence, mas segue engasgada na Copa do Mundo

Sabe carro velho? Daqueles que engasgam um pouco antes de pegar no tranco? A Espanha, pelo menos na Copa do Mundo da África do Sul, é assim. Nesta segunda-feira, todos os espanhóis devem estar torcendo para que na terceira partida, na sexta-feira, o time finalmente engrene. Porque, depois de duas partidas no Mundial, o favorito ainda não apareceu.
Escalação Del Bosque colocou Torres no ataque e Villa e Navas pelas pontas. Deu certo
O pênalti Villa sofreu a infração, cobrou e podia virar o artilheiro da Copa. Mandou pra fora.
Jogo pela direita Jesús Navas e Sergio Ramos fizeram uma boa dupla. Se Fernando Torres estivesse bem, teria feito a festa

Nesta segunda-feira, a equipe venceu Honduras por 2 a 0. É verdade que o resultado deixou Xavi, Villa & Cia. em situação confortável para se classificar para as oitavas de final. Mas o futebol que encantou o mundo na Eurocopa ainda não chegou.

Com três pontos e um saldo de gols superior, o time só precisa vencer o Chile na sexta-feira para se classificar. Já os sul-americanos, que bateram a Suíça nesta manhã e chegaram a seis pontos na chave, precisam ao menos empatar contra os atuais campeões europeus para ir para a próxima fase - ou então torcer contra uma vitória Suíça por diferença grande de gols no jogo com eliminada Honduras, que tem chances remotas.

Quem vê a situação espanhola após o jogo, confortável, não imagina o quanto a Fúria sofreu. E a analogia do carro velho funciona perfeitamente. Aos 17 minutos, Villa marcou um dos gols mais bonitos da Copa do Mundo. Recebeu na entrada da área, driblou dois jogadores com um só toque, passou por outro marcador e chutou no ângulo.

Depois, o carro engasgou. E o motivo foi Fernando Torres. Claramente sentindo falta de ritmo de jogo e inquieto pela falta de gols, ele perdeu chances claras. No primeiro tempo, por exemplo, errou uma cabeçada e um chute na cara de Valladares. No segundo, nem isso - foi substituido por Matta no meio do período final.

Mas, se a referência não funciona, pelo menos o coadjuvante assumiu o papel de protagonista. Tudo bem que Villa não é exatamente um ajudante. Entre os jogadores do time de Del Bosque, ele é quem mais marcou gols com a camisa espanhola. Já são 40 gols em jogos oficiais, contra 24 de Torres.

Com mais liberdade do que na estreia, contra a Suiça, ele caiu pela esquerda e fez a festa. Antes do primeiro gol, já tinha feito ao menos duas boas jogadas, criando chances de gol. No segundo tempo, fez o 2 a 0, com chute de fora da área, que desviou em um rival. E ainda perdeu um pênalti, que não vai fazer falta se o time vencer, também, o Chile.

Quem também foi bem foi o setor direito do time espanhol. Sergio Ramos e Jesús Navas se entenderam como se jogassem juntos. A cada ataque, um dos dois ultrapassava, recebia na frente dos rivais hondurenhos, em condição de cruzamento.

Apesar dos flashes de bom futebol, a Espanha segue devendo. Quem sabe se, contra o Chile, quando o time deve ser atacado, a história não muda. Até lá, o rótulo de amarelão da equipe em Copas do Mundo vai continuar valendo.



Fonte: UOL

Chile x Suíça

Com um a mais, Chile supera retranca histórica, bate Suíça e se isola no topo

A Suíça bateu o recorde de tempo sem levar um gol na história das Copas, mas não conseguiu segurar o Chile nesta segunda-feira. A ousadia do técnico Marcelo Bielsa surtiu efeito, e a seleção sul-americana ganhou por 1 a 0, com gol de Mark Gonzalez, aos 30min do segundo tempo.

Assim, 'La Roja' se isola na liderança do Grupo H, com seis pontos, enquanto os helvéticos seguem com três. A Espanha pode chegar a três com uma vitória sobre Honduras, no fechamento da segunda rodada do Mundial.

Com um atleta a menos desde os 30min da etapa inicial, quando Behrami foi expulso, a Suíça atuou toda na retranca. O cenário indicava que os europeus conseguiriam segurar o ataque adversário, como ocorreu diante da poderosa Fúria na estreia. Porém as substituições de 'El Loco' Bielsa foram precisas.

No único gol do confronto, Valdivia fez a assistência, Paredes recebeu nas costas da zaga, driblou o goleiro Benaglio, até então o nome do jogo, e cruzou na cabeça de Gonzalez. Detalhe: os três chilenos envolvidos no lance entraram no segundo tempo.

Apesar de ter sucumbido cinco dias após a surpreendente vitória sobre a Espanha, a Suíça registrou um novo recorde nos Mundiais.

Seleção de pouca tradição no futebol, o time helvético pode se orgulhar de ter a melhor defesa de todos os tempos. Foram 559 minutos sem levar gol, somando as Copas de 2010, 2006 e 1994.

A marca anterior era da Itália, que em 1986 e 1990 acumulou 550 minutos de invencibilidade.

Bielsa repetiu o esquema que varia do 4-3-3 no ataque para o 4-5-1, quando os chilenos estão sem a bola. A diferença em relação à estreia contra Honduras foi a ausência do ex-palmeirense Valdivia, preterido.

Humberto Suazo, artilheiro das eliminatórias sul-americanas, voltou a ser titular - ele estava machucado e não entrou em campo na última terça-feira.

A etapa inicial foi violenta e com poucas emoções. Entretanto, a expulsão de Behrami foi decisiva. Aos 30min, ele deixou o braço para trás, acertou o rosto de Vidal e levou o vermelho do árbitro árabe Khalil Al Ghamdi.

No segundo tempo, os chilenos partiram com tudo para cima e acharam o gol. Os europeus assustaram em contra-ataques, mas sem sucesso na finalização.



Fonte: UOL

Portugal x Coréia do Norte

Portugal arrasa a Coreia por 7 a 0 e decide liderança contra o time de Dunga

Portugal brilhou nesta segunda-feira e, após sete gols lusitanos, a partida entre Brasil e os portugueses, na próxima sexta-feira, em Durban, voltou a ganhar importância. Será um duelo direto pela liderança do grupo G. O time de Dunga está garantido nas oitavas, mas uma derrota o deixa em segundo lugar.

Com os brasileiros naturalizados em segundo plano (Liedson entrou no final), Portugal acordou na Copa do Mundo. Não só atropelou a Coreia do Norte tão temida pelos brasileiros, como fez 7 a 0. Isso mesmo, 7 a 0! E conseguiu a maior goleada do torneio até agora. Chegou aos quatro pontos e mostrou enorme evolução.

O Brasil demorou 55 minutos para fazer um gol na Coreia. Portugal anotou um a cada 13 minutos, em média. Dunga e seus pupilos reclamaram da defesa asiática. Nesta segunda-feira, na Cidade do Cabo, a mesma defesa sequer anotou a placa do trator português que passeou pelo estádio Green Point.

Titulares no empate sem gols com a Costa do Marfim, Deco e Liedson foram coadjuvantes desta vez. O primeiro por culpa de dores musculares. O segundo, por opção técnica. Apagado diante dos africanos, Liedson (autor do quinto gol) viu Carlos Queiroz apostar suas fichas no português Hugo Almeida. Pepe ainda não está 100% e assistiu a tudo do banco.

Queiroz, inclusive, deixou de lado a teimosia que marca muitos treinadores. Mudou quatro jogadores para a partida desta segunda-feira. Além dos brasileiros, também sacou do time o lateral Paulo Ferreira e o meia-atacante Danny. O resultado não poderia ser melhor. Tiago, Simão Sabrosa e Hugo Almeida, reservas na estreia, contribuíram com quatro gols. Raúl Meireles também fez um - Liedson e Cristiano Ronaldo marcaram os tentos que faltam para os 7 x 0.

O Brasil pode se preocupar com os portugueses. Principalmente porque o principal nome da equipe resolveu desencantar. Cristiano Ronaldo participou bastante do segundo tempo, mandou uma bola no travessão, deu assistências e, no fim, estufou as redes. O melhor jogador do mundo de 2008 e o mais caro de todos os tempos quer um lugar de destaque na história das Copas. E está disposto a lutar por isso.

A Coreia do Norte? O time que deu trabalho à seleção de Dunga na estreia (perdeu por 2 a 1) também evoluiu, dentro de suas limitações. Ficou menos enfiado na defesa e usou velocidade no ataque. Eduardo correu certo perigo. Mas foi só. Depois, se viu diante de uma locomotiva vermelha. Assim, a esperada revanche pela derrota de 1966 não aconteceu. A equipe asiática não conseguiu vingar o revés por 5 a 3 de sua primeira participação em Copas (a única até 2010), quando Eusébio anotou quatro gols e virou o placar que mostrava 3 a 0.

Às 11h (de Brasília) desta sexta-feira, Brasil e Portugal se encaram para ver quem cresceu mais desde a estreia. O vencedor ganha a liderança do grupo. Será o confronto do líder do ranking da Fifa (o time de Dunga) contra o terceiro colocado. Pelo que fizeram na segunda rodada, ambos começam a fazer jus às expectativas que os cercam. A diferença é que o Brasil sofreu para superar a Coreia, enquanto Portugal sofreu para contar o número de gols que marcou.



Fonte:
UOL

BRASIL X COSTA DO MARFIM

Brasil supera marfinenses e jogo duro com ressurgimento da mística da camisa 9

Nas últimas seis Copas o Brasil teve no comando de ataque nomes que desfrutavam de unanimidade nacional, com a série de Careca, Romário e Ronaldo. Neste domingo, Luís Fabiano chutou duas vezes para dentro do gol do Soccer City toda a pressão que residia sobre os ombros do atual camisa 9 da seleção.

Ele decidiu a partida contra a violenta Costa do Marfim, com os dois gols que abriram os 3 a 1. Selou a classificação antecipada do time de Dunga para as oitavas de final. Elano completou o triunfo, e Drogba descontou no fim, em um jogo marcado pela violência.

Desde as eliminatórias o atacante do Sevilla lida com a dúvida: é válida a aposta de Dunga em seu goleador? Luís Fabiano passou em branco na estreia brasileira no Mundial, contra a Coreia do Norte, e entrou no duelo diante dos marfinenses em Johanesburgo sem marcar há seis jogos.

Mas a seca acabaria cedo no maior palco da Copa. O alívio de Luís Fabiano no Mundial chegou aos 25min do primeiro tempo, quando o atacante participou de troca de bola com Robinho e Kaká no meio da defesa marfinense. Recebeu na frente para bater forte na saída do goleiro Barry. Na comemoração, o camisa 9 sinalizou o número seis para as câmeras. Resposta sobre as críticas pelos seis jogos sem gols? Não: "Foi homenagem para minha filha, que fez seis anos".

O melhor do Fabuloso, no entanto, ainda estava por vir. Logo no início do segundo tempo, o atacante recebeu na direita, se livrou de dois marcadores com toques altos e ajuda das mãos e, por fim, bateu forte à esquerda de Barry. O goleiro marfinense ainda desviou antes de a bola entrar.

Do outro lado, a badalação em cima do homem-gol da Costa do Marfim acabou parcialmente frustrada. Em seu primeiro jogo como titular na Copa, Didier Drogba ficou isolado no meio da defesa brasileira e pouco apareceu. Deu um chute sem direção em cobrança de falta no primeiro tempo e descontou para a sua seleção no fim, em vacilo único da zaga de Dunga.

A vitória brasileira foi definida aos 16min, através de uma ótima jogada de Kaká pela esquerda. O meia foi à linha de fundo e serviu Elano, que empurrou para as redes para anotar seu segundo gol na Copa. O autor do 3º gol, porém, foi uma das vítimas da violência dos marfinenses. Instantes depois de comemorar, o meio-campo do Galatasaray deixou a partida chorando, após entrada desleal do marfinense Tioté.

A dez minutos do fim, a zaga brasileira levou desvantagem pela primeira vez no embate com Drogba, na única vez em que isso aconteceu na partida. O atacante foi lançado na área e aproveitou a falha na linha de impedimento para marcar de cabeça.

O fim do jogo foi ainda mais violento que o início. O juiz, que não mostrou cartões nos primeiros minutos e deixou o jogo muito duro, mandou embora Kaká. Irritado com as seguidas entradas desleais dos rivais, o meia passou a reclamar muito. Levou primeiro o amarelo e, logo na sequência, foi expulso, após trombada com Keita.

Com o resultado, o Brasil se torna a terceira seleção no Mundial a conseguir duas vitórias nas rodadas iniciais, se juntando à Argentina e à Holanda. A seleção de Dunga ratifica, assim, sua classificação no grupo G e leva ao terceiro jogo com Portugal, na sexta-feira em Durban, a missão de confirmar o primeiro lugar da chave.



Fonte: UOL