quinta-feira, 17 de junho de 2010

África do Sul x Uruguai

Ofensivo, Uruguai faz "vuvuzelazzo" e deixa anfitriões com um pé fora das oitavas

Nenhuma partida de Copa do Mundo é apenas um jogo de futebol, ainda mais quando envolve o país-sede. Vivendo uma euforia por causa do Mundial, a África do Sul levou a campo, pela segunda vez, a responsabilidade de fazer bonito e novamente decepcionou.

Assim como havia feito na final da Copa de 1950, quando venceu o Brasil e calou o Maracanã lotado no dia que ficou conhecido como ‘Maracanazzo’, a seleção do Uruguai venceu os anfitriões por 3 a 0 e silenciou o estádio de Pretória, em um verdadeiro ‘Vuvuzelazzo’.

Com o resultado positivo, o time sul-americano praticamente confirmou sua classificação para as oitavas de final e deixou o time da casa em situação muito complicada

Além do nervosismo visível, a África do Sul foi surpreendida pela postura ofensiva do Uruguai, radicalmente diferente em relação ao time cuidadoso da partida contra a França, encerrada 0 a 0.

Com três atacantes, marcando a saída de bola da África do Sul, o Uruguai ditou o ritmo da partida, do início ao fim. Além do gol de Forlan, num belo chute de fora da área que ainda tocou no ombro do capitão Mokoena, a Celeste teve oportunidades de aumentar o placar no primeiro tempo.

A situação piorou no segundo tempo. Ainda mais nervosa, a África do Sul não conseguiu criar nada, enquanto os uruguaios mantinham a disposição de atacar e pressionar na marcação. Chegando com perigo, o Uruguai acabou conseguindo um pênalti, numa saída desastrada do goleiro Khune, que foi expulso. Nos acréscimos, Álvaro Pereira ainda fez o terceiro.

Para aumentar ainda mais a expectativa gerada por esta partida na África do Sul, é preciso lembrar que ela ocorreu num dia muito especial para os anfitriões.

O 16 de junho é feriado nacional no país. Há 34 anos, estudantes negros de Soweto fizeram uma série de protestos contra a obrigação de aprender o africâner, língua da minoria branca que então mantinha o país sob o apartheid. O dia ficou marcado pela morte do estudante Hector Pieterson, então com 12 anos, e virou um símbolo da luta contra o racismo.

Ainda quando o placar indicava 2 a 0, alguns sul-africanos começaram a deixar o estádio, faltando quase dez minutos para o encerramento da partida. Com capacidade para 42.858 pessoas, o Loftus Versfeld estava praticamente lotado, com um público de 42.658 espectadores.




Fonte: UOL

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