quarta-feira, 30 de junho de 2010

Argentina x México

Com 'ajudonas', Argentina dá espetáculo e busca revanche contra Alemanha

A Argentina encanta, convence e ganha. Tem um ataque infernal que compensa a defesa que adora dar sustos. Maradona fica no banco, mas inspira. Põe o time para frente. Aplaude os erros em jogadas individuais, incentiva para a próxima tentativa. Neste domingo, o time “hermano” mostrou tudo isso e ainda contou com duas “ajudonas” contra um coadjuvante que também agradou. A vitória por 3 a 1 sobre o México valeu uma vaga nas quartas de final e muito mais: foi o contraponto da Copa marcada por muitas partidas fracas tecnicamente.

O próximo desafio terá gosto de revanche para os argentinos. Eles enfrentam a Alemanha, que atropelou a Inglaterra por 4 a 1. Na Copa passada, em 2006, os alemães eliminaram a Argentina nas quartas de final na disputa por pênaltis. O reencontro, então, já tem data (sábado), hora (11h de Brasília) e local (Cidade do Cabo) marcados.

Mas este domingo foi um dia para não se esquecer tão facilmente. Não bastasse o futebol envolvente dos argentinos, o duelo ainda teve inúmeros ingredientes que só valorizam o espetáculo, gostem os politicamente corretos ou não.

Duas seleções rápidas e ofensivas, clima quente, falha grotesca de zagueiro e até um gol escandalosamente impedido, lembrando que a Fifa defende esse “fator humano” no combate à ajuda da tecnologia. E tudo isso no Soccer City, principal palco da África do Sul, com 84.377 torcedores.

Foi “apenas” um jogo de oitavas de final, mas já figura entre os melhores desta Copa. Tevez abriu o placar aos 26min totalmente impedido. Não satisfeito, mandou uma bola no ângulo na etapa final. Um golaço.

Higuaín, como bom matador, também fez o seu. Foi oportunista ao ganhar o presente de Osório e frio para driblar o goleiro, fazendo seu quarto gol e se isolando na artilharia do Mundial.

Messi é um capítulo à parte. Ele não para. Se cada vez mais o futebol mundial valoriza a força física, a obediência tática e a marcação total, o camisa 10 argentino vai no caminho contrário.

O atacante do Barcelona sabe como poucos fazer isso. Arrisca dribles com frequência e sai em arrancada. Muitos lances não dão certo, como aconteceu neste domingo. Mas ninguém reclama. Maradona apoia. E Messi, ainda sem nenhum gol na Copa, não desiste.

O México também merece aplausos. Fez um gol, mas poderia ter sido mais. O placar foi justo apenas com o ataque argentino. A equipe de Javier Aguirre levou perigo constante, chegou a ter mais domínio territorial e encarou o rival de igual para igual.

Mas foi pouco para superar a turma de Tevez, Higuaín, Messi, Maradona... A Argentina vai firme em busca do tri. A Alemanha que se cuide.



Fonte:
UOL

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