quarta-feira, 30 de junho de 2010

Chile x Espanha

Villa salva a Espanha e faz do Chile o rival do Brasil nas oitavas

David Villa é o artilheiro da Espanha com Vicente del Bosque, mas chegou ao Mundial à sombra de Fernando Torres e do poderoso meio-campo espanhol. Nesta sexta-feira, ele provou que é o mais importante dos jogadores da Espanha na Copa do Mundo.

Quando o time mais precisava, quando os campeões europeus eram pressionados e já tinham se salvado duas vezes do gol rival, ele mostrou oportunismo. Aproveitou um lance infeliz do goleiro Claudio Bravo e abriu o placar. Foi o fim do sofrimento.

A Espanha venceu por 2 a 1, se classificou para as oitavas de final em primeiro lugar do Grupo H e, agora, enfrenta Portugal na terça-feira, às 15h30, na Cidade do Cabo. O Chile, com o resultado, ainda se classificou, graças à Suíça, que não conseguiu bater Honduras.

Apesar da vitória sobre um dos times que jogavam o melhor futebol da competição, ainda não foi a resposta dos espanhóis para as críticas recebidas nas duas primeiras rodadas. Contra a Suíça, derrota por 1 a 0, o time mostrou um futebol sem nenhuma objetividade. Contra Honduras, vitória por 2 a 0, mas outra atuação sem brilho.

Nesta sexta, os campeões europeus foram pressionados nos primeiros 24 minutos, só abriram o placar porque o goleiro chileno foi dar um carrinho na intermediária, em lance de pouco perigo. Não fosse pela presença de espírito de Villa, e seu pé calibrado, as coisas teriam ficado muito complicadas.

O meio-campo continua jogando sem procurar o gol. A defesa tomou um gol e só não levou outros porque o ataque chileno é formado por jogadores especialistas em criação, não em colocar a bola para dentro. A maior preocupação continua sendo Fernando Torres. Três jogos na Copa, nenhum gol, nenhum lance digno de nota. Nesta tarde, deixou o jogo na metade do 2º tempo e foi colocar gelo no joelho esquerdo.

Para os torcedores espanhóis, o perigo ainda é grande. O próximo rival da Fúria é Portugal, um time bem montado defensivamente, como a Suíça, mas com um ataque poderoso, ainda mais do que o do Chile. Se Iniesta, Xavi & Cia. não conseguiram superar os suíços e tiveram problemas contra o ataque comandado por Valdívia, o que dizer do duelo contra Cristiano Ronaldo e seus companheiros lusitanos?

Para o Chile, os problemas são ainda maiores. O próximo rival é o Brasil na segunda-feira, às 15h30, em Johanesburgo. Marcelo Bielsa já sabe que terá três desfalques: o volante Estrada foi expulso, e os zagueiros Medel e Ponce levaram o segundo amarelo.

O maior perigo, no entanto, é outro. O estilo ofensivo chileno é perfeito para a mentalidade de contra-ataque verde-amarela. Prova disso é o retrospecto. O time de Dunga venceu o de Bielsa duas vezes nas Eliminatórias, 3 a 0 em Santiago (CHI) e 4 a 2 em Salvador.



Fonte:
UOL

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